Parece haver uma regra basilar no pensamento dos informáticos nacionais, que se depreende das suas intervenções verbais passíveis de análise nos seguintes exemplos.
Forma interrogativa: Não há uma maneira mais fácil de fazer isso?
Forma negativa: Mas isso não é fácil!
Forma negativa implícita: Mas isso é muito complicado!
Destes exemplos extrai-se a regra de ouro:
A informática tem que ser fácil.
e como corolário:
Se algo não é fácil, é porque não é informática ou caso seja é melhor que não se fale disso antes que eu tenha que aprender a fazer.
O problema aqui centra-se na definição de "informática" e de "informático", que foi abordado de forma interessante por João Pereira neste post. Se efectivamente as coisas devem ser fáceis, rápidas e intuitivas no que respeita às tarefas dos utilizadores (nisto estamos absolutamente de acordo), no que respeita à administração de sistemas e redes existem inúmeras situações complexas que requerem conhecimentos avançados quer de base quer específicos ao problema. Exemplos? Configuração correcta de firewalls, routing, QoS, DNS,...
Em Portugal predomina a ideia que o utilizador que melhor se desenrasca rapidamente se pode tornar um responsável de sistemas polivalente (e os resultados estão à vista). Segundo a terminologia José Pedro Gomes chamaríamos a isto "um jeitoso". Introduzindo uma terminologia nova diríamos "sysadmin de microondas".
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