Não é por acaso que ao superavit de administradores Windows que temos em Portugal, corresponde um deficit de administradores Unix/Linux/BSD hardline. Também não é por acaso que os dois mundos quase não se tocam. Um administrador Windows é em muitos, muitos casos (não sempre) um SAM++ (que tal um SAM# ??!). Ou seja, existe uma correlação entre abundância de SAMs e a quota de mercado Microsoft.
Mas porquê é que é assim?
A resposta está nas curvas de aprendizagem. O sistemas Microsoft são de facto fáceis de utilizar o que é bom para os utilizadores. Ora quando um utilizador habituado a facilidades se quer converter num sysadmin habituado a facilidades, o único caminho a seguir é este. E de certo modo funciona.... é muito mais rápido aprender a "fazer coisas" neste tipo de plataforma. Num país com tradição em técnicas de lucro fácil e rápido enriquecimento esta é uma receita campeã.
Vejamos a seguinte figura:

Quando apita o microondas, quem é que está mais avançado na aprendizagem?
Claramente é o administrador Windows, porque o aprendiz de Jedi Linux, foi obrigado a seguir pelo caminho das pedras e ainda se encontra perdido a marrar entre tails, greps, awks e seds. Mas a médio/longo prazo o GUI fechado dos sitemas Windows torna-se um factor limitante que impede um natural aprofundar de conhecimentos e o administrador Linux entra num ritmo rápido de aprendizagem que as bases que tanto lhe custaram a adquir lhe conferem. Os nutrientes de absorção lenta, como capacidade de scripting, agilidade a consultar logs, rapidez de consulta de documentação e muitos outros começam pois a pesar vantajosamente.
Em resumo, "fast, good and cheap: pick two!"
Na aprendizagem de administração de sistemas Linux, ficamos com o good and cheap: o fast está fora de questão. Mas tem mesmo que ser assim, porque a matéria é complexa e como toda a gente sabe: a excelência dá trabalho.
Sem comentários:
Enviar um comentário