Muito se fala de standards mas pouco se tem falado de neutralidade tecnológica.
As boas práticas de desenvolvimento de software, que permitem um desacoplamento efectivo entre as plataformas de sistema operativo e as aplicações, parecem ainda estar nos primeiros passos em Portugal. A médio prazo, o software à moda antiga (monoplataforma, fat-client + thin server,...) terá que desaparecer e as aplicações tornar-se-ão cada vez mais independentes da plataforma. Mas isso leva tempo, tal como todas as mudanças para melhor.
Entretanto, enquanto algumas empresas se dedicam a injectar no mercado mais e mais software mono-plataforma condicionando os seus clientes, outras existem que preferem a neutralidade e flexibilidade, desenvolvendo de forma portável (think LAMP, Java, Python, Qt, Gtk+, WxWindows,...) e disponibilizando ferramentas de interoperabilidade.
Neste contexto os nossos awards de interoperabilidade são os seguintes:
Aplicações
Sun Microsystems - OpenOffice
Mozilla Foundation - Firefox e Thunderbird
Google - Google Earth e Picasa
Ferramentas de desenvolvimento e integração
Sun Microsystems - Java
Trolltech - Qt (KDE, Scribus, Skype, Opera)
Gtk+ project - Gtk+ (The Gimp, Inkscape, Adobe Reader)
Wine / Codeweavers teams - Wine / Crossover Office (Microsoft Office, Photoshop e muitos outros)
RDesktop Team - RDesktop (acesso a Terminal Services)
VMWare Inc - VMWare Server / VMWare Player - verdadeiros desbloqueadores das dependências em sofware legacy
Memória Persistente - Evaristo (ERP open source, simples e funcional baseado em Java/PostgreSQL)
Let us know your take. We'll take note.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
percebo que as ferramentas permitam alguma liberdade.
mas quanto ao skype :( não obrigado.
prefiro o FLOSS openwengo.
cumps, rj
@rikhard
O skype não foi dado como exemplo. O que foi dado como exemplo de interoperabilidade foram as libraries Qt, que servem para o Skype como para outras aplicações.
O award é para a Trolltech e não para o Skype.
percebi que sim, mas acho que o importante é mesmo a liberdade que as ferramentas permitem em produzir FLOSS, tb dão para proprietário, mas como sempre defendo a utilização e desenvolvimento FLOSS independentemente da arquitectura onde pode ser usada.
cumps,
rj
@rikhard
Sem dúvida que sim. Mas nem tudo se consegue por revolução, há coisas que vem por evolução.
Nomeadamente o mercado está bastante dependente de algumas soluções proprietárias monoplatforma. Uma evolução é conseguir que deixem de ser monoplataforma, mesmo que se mantenham fechadas. Isto só por si, já permite melhor integração com o restante sofware open source e por tanto permite ter mais open source no mercado.
Enviar um comentário