quarta-feira, 18 de março de 2009

Nokia estreia Music Store com forte aposta em conceito de comunidade

Comunidade? Mas qual comunidade? A comunidade ActiveX? A comunidade Web 0.1? Ou quiçá a comunidade o-meu-site-é-feito-à-pressão-e-só-funciona-num-browser? A frontpage aparece intitulada "Atendimento ao Cliente" com a mensagem que se pode ver abaixo. Está por esclarecer se as músicas têm ou não DRM.

Via Tek.
Notícia relacionada: pioneiros.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Conta-me como foi - largura de banda upstream

Em finais de 2006 surgiu aqui uma discussão sobre as verdadeiras razões dos valores de upstream disponíveis nos serviços de Internet serem, na época, tão reduzidos. De facto, durante algum tempo a Clix chegou a ter "disponível" o serviço 24/400, que posteriormente actualizou para 24/640 e finalmente para 24/1024. A discussão aborda um ponto importante que é o facto do tráfego TCP downstream gerar pacotes de acknowledge que consomem parte da largura de banda upstream disponível. Era prática comum o valor disponibilizado não ser suficiente ou estar no limite do necessário para o débito teórico downstream. Fala-se ainda dos elevados custos dos serviços com melhor débitos disponíveis na época e das limitações intrínsecas dos serviços ADSL.

Com a chegada de serviços 100/10 (Clix), 100/6 (Cabo) e as tão faladas "redes de nova geração", a questão parece bem encaminhada em Portugal. Curiosamente, a discussão veio reacender-se na Austrália envolvendo a Telstra. Segundo a empresa os clientes com o serviço de 100Mb "não estão interessados em mais de 2Mb de upstream". A dicussão pode encontrar-se aqui.

Aqui fica uma imagem, já anteriormente usada neste blog, que ilustra como é fácil saturar o uplink de um serviço 24/1 (e que portanto é essencial ter o QoS bem configurado).

sábado, 7 de março de 2009

O Expresso também dá erros, ou a lei da acção-reacção.

Juntamente com a enjoativa expressão "tudo é relativo" (parte integrante das 3 ou 4 leis da Física de algibeira e grosseiramente transposta para as mais variadas situações do dia a dia, nas quais justifica o que quer que dê jeito), também a famosa "lei da acção-reacção" é sistematicamente posta em prática em Portugal. Quando dá jeito, ou quando é preciso. Não forçosamente quando é justo ou é útil.




Ora, quiçá a primeira reacção a uma acção triste, mas necessária, já se faça sentir. Será?

Noticia o Expresso, em primeira página, que os "Jogos educativos do Magalhães estão repletos de erros de Português". De facto, aparentemente o pacote GCompris tem, na sua tradução para Português incluída no Magalhães, erros cuja gravidade é de lamentar e que justificam correcção imediata. Os responsáveis devem actuar sem hesitações.

Mas o Expresso toma a parte pelo todo. O Magalhães é um projecto que inclui dois sistemas operativos e centenas de componentes de software. Os erros foram identificados num componente específico que não representa a globalidade da solução. Negligencia, desta forma, o Expresso todo o esforço posto em prática por diferentes empresas e instituições para montar a oferta de software do Magalhães.

E a forma emotiva como está escrito o artigo não ajuda: na ânsia de criticar, esqueceu-se o Expresso da objectividade e frieza necessária para lidar com notícias de primeira página. É que o referido "emigrante com a 4ª classe" que fez a tradução tem, para além da 4ª classe, um curso de Filosofia e outro de Informática sendo profissional de TI em França, onde estudou e reside há muitos anos.

De facto, José Jorge, para lá da sua actividade profissional ligada às TI e de estar envolvido no projecto GCompris, é packager de software para Linux. Tudo matérias que tanto quanto se sabe não fazem ainda parte do 1º ciclo do ensino básico.

Errar é humano. Para o Expresso, sai uma palmatória.

Update: há mais informações aqui.