quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Encontro de empresas Open Source em Madrid

Algumas notas soltas sobre o encontro de empresas da ASOLIF:

- por via das 7 associações regionais o número total ascende a 160 empresas
- o mercado subiu 200% nos últimos 4 anos
- vai haver números actualizados no início de 2010
- a lei sobre Acesso dos Cidadãos ao Serviços Públicos em Espanha, Ley 11/2007, inclui a definição e recomendação de normas abertas
- após avanços, recuos e bastante polémica a decisão sobre que software irá estar nos laptops da educação no "eescolas" Espanhol (alunos de 10-11 anos) ficou nas mãos de cada Governo Regional
- esteve presente o director do Cenatic, um organismo Governamental que tem como objectivo "impulsionar o conhecimento e uso do software Open Source em todos os sectores da sociedade" bem como um representante da "C.M. Madrid" (Ayuntamento de Madrid)

O evento teve lugar nos passados dias 13 e 14 em Madrid, num espaço chamado Madrid on Rails que serve as empresas e a comunidade Open Source local.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Things have names, changes have reasons

Communication is made of agreements. We agree on what "1 meter" means so that people can order, say, a baseball stick and know what size to expect. We agree on what "1 second" means so that, knowing what "1 meter" is, we can estimate how long it takes to reach Brussels. Clear definitions are not an accident. They're born from knowing that rough statements (eg, "quite large" or "very very far") don't cut it.

Of course we all know this... we're just puzzled about why someone on the European Commission would replace - at no one's request - the precise definitions of Open Source and Open Standards by this amazing abstraction called the Openness Continuum... which according to their definition includes both open and closed.

Furthermore, why would they state something as oxymoronic as

[...] it is also true that interoperability can be obtained without openness, for example via homogeneity of the ICT systems [...]
?

If we accept this we can also easily accept statements such as

[...] it is also true that peace can be obtained without democracy, for example via oppression of the populations and strict control of all media [...]

Not that these are comparable in severity... but they seem to be logically analog. Strictly speaking, the former statement still outdoes the latter in terms of contradiction. Doesn't interoperability mean work across heterogeneous systems by means of a common language?

Maybe someone on the EC can step up and explain the reasons for these changes.

As for the leaked document as a whole we won't judge it as "good" or "bad". Locating it on the - just defined - Goodness Continuum - is left as an exercise for the reader.

Taking the web back

A comemoração dos 5 anos do Firefox é também uma oportunidade para relembrar o longo e penoso percurso de reconquista da web e os efeitos gravíssimos do monopólio que nesta se fez sentir durante vários anos. Os exemplos são vários: da geração de webdesigners do Frontpage que faz código a martelo, aos sites que funcionam apenas em Internet Explorer e à utilização de tags proprietárias e mecanismos ActiveX; do desrespeito pelos standards, à estagnação do IE6 (posteriormente melhorado pelos IE mais recentes já em ambiente de concorrência...). Talvez a geração mais nova não faça uma leitura tão extrema, mas tudo isto é óbvio para quem conheceu o antes (a navegar com Netscape 3 sobre Solaris em terminais X NCD), o durante e está feliz com o depois.

Com a web 2.0 veio o Firefox, o Safari (baseado no KHTML), as Wikis, os blogs, os CMS, o Ajax, o Twitter, o Google Maps, e ... voltou a interoperabilidade. Este é um dos pontos mais fortes do Firefox, que permite uma navegação web semelhante em diferentes plataformas, como o antigo Netscape do qual nasceu o projecto Mozilla. Outras inovações como os tabs, e a pesquisa integrada no Google e outros motores de busca foram igualmente introduzidos por browsers da Mozilla. Mas algo que tornou o Firefox especial foram as suas extensões... multiplataforma.

E como está a web portuguesa no meio disto? Está bem melhor. Embora ainda existam algumas aberrações, já se vêem igualmente sites de muito boa qualidade. No ponto óptimo? Certamente que não. Ainda existem sites desenhados por completo em flash (e portanto com fraca acessibilidade e nenhuma linkabilidade) e outros que não se percebe se foram desenhados ao acaso. E ainda existem tentativas de fecho da Web em torno de plugins como o Silverlight. Mas o que é facto é que as empresas e instituições públicas já estão preocupadas em ter uma presença digna na web.

Mas falta ainda bastante trabalho, como por exemplo generalizar-se a validação do HTML (2 exemplos que validam perfeitamente no W3 Validator: Angulo Sólido, ESOP). Dir-se-ia, tecnicamente falando, que no que respeita a conformance temos ainda muito que fazer embora tenha havido grandes melhorias no campo da interoperabilidade. A este respeito é positivo assinalar que os dois grandes entraves à utilização profissional de plataformas não Microsoft abriram finalmente as portas. Falamos é claro da Vortal e do BPI Net Empresas. Não sem luta, não sem resistência, não sem perda de clientes. Mas cedendo aos argumentos de quem acima de tudo... tem razão.

Como nota final, apenas se refere que a expectativa é grande em relação à adopção do HTML5. Especialmente no que respeita aos codecs de video sobre os quais, infelizmente, não se chegou ainda a um consenso.


Sinais dos tempos: o BPINET empresas anunciou compatibilidade multi browser

Correcção:

Tal como foi apontado nos comentários algumas inovações (ex: tabbed browsing) não foram introduzidas pela Mozilla, tendo no entando sido disseminadas pelos browsers da Mozilla.
.