Diz-se que a comunicação da malta das comunicações não é famosa. Pode ser verdade (ainda não foi desmentido) mas se calhar não é só isso que conta. Ao que se diz, toda a gente merece uma segunda oportunidade: "já que não é inteligente, ao menos seja bonita" ou "já que não sabe falar, que ao menos tenha bom aspecto". Será esse o caso? Este blog foi ver os enredos e concluiu que rolos maiores do que nas cabeças de helpdesk só mesmo no esparguete de fibra e cabos com que as telecomunicações de última geração adornam as melhores fachadas de Lisboa. E o resultado, naturalmente, não é bonito.
Segue-se uma mini reportagem fotográfica, no coração da capital.
2 comentários:
Efectivamente os "enredos" apresentados não são nada bonitos. Isso é um facto inquestionável! No entanto, associar estas situações à Fibra não é totalmente correcto. Se verificarmos com atenção, não só nestes casos particulares, mas noutras situações onde nem existe fibra, as teias de cabos encontram-se associadas essencialmente à rede coaxial e, menos frequentemente, à rede telefónica (embora esta "beneficie" do facto dos cabos serem de menor secção e não ocuparem tanto espaço). Na maioria das situações, os "taps" da rede coaxial estão soltos e são apenas suportados pela tensão dos cabos.
Por outro lado, a falta de infra-estruturas neste tipo de edifícios obriga a estes "arranjos" exteriores. Não seria tempo de adaptar (e.g. com calhas pintadas) as fachadas para a passagem de cabos ou mesmo construir entradas de cabos que comportem as novas tecnologias (não que a rede coaxial seja uma nova tecnologia mas como vemos na reportagem...)?
O problema não é de facto exclusivo da fibra. A parte exclusiva são os enrolamentos "reserved for future use" que começaram a aparecer agora com as ofertas de fibra.
Poderia pensar-se que, se no passado a estética não era uma preocupação (veja-se o nosso ordenamento territorial...) a evolução das mentalidades desenredaria o problema. Acaba por ser mais chocante do que a "pesada herança", que a nova infra-estrutura esteja a ser colocada precisamente com o mesmo desrespeito estético que a antiga.
Tal como refere: por entre calhas pintadas, cabos pintados e uma colocação cuidadosa há certamente soluções que, não sendo as ideais, seriam muito diferentes da rebaldaria actual.
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