terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Identidade

Numa segunda incursão na edição de video sobre Linux (a primeira foi esta) a Angulo Solido aproveita para falar daquilo para que no stress dos dias não há tempo.

Boas festas a todos os leitores deste blog!

Identidade from Caroline Pimenta on Vimeo.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Dois eventos e um futuro

Regressei de Bruxelas após o Open Forum Summit, bem a tempo de participar no Encontro Nacional sobre Tecnologia Aberta, Linux 2011. Apenas uma semana e 2000km separaram as declarações de uma vice presidente da Comissão Europeia, em Bruxelas, e do representante da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) em Lisboa. E no entanto, as semelhanças entre a declarada estratégia europeia e a recem assumida estratégia nacional são suficientes para podermos crer que o futuro das políticas de TI está finalmente a ser pensado cuidadosamente.


O futuro, segundo ambas as instituições, passa pelas Normas Abertas, pela interoperabilidade multiplataforma e, em pelo menos alguma medida pelo software Open Source. Mas a corrida para o futuro não é a dos 100m, não é a dos 200m, nem sequer a dos 400m barreiras. Tem barreiras, de facto, e será uma prova de resistência. Essa resistência é a que qualquer instituição enfrenta ao implementar medidas que vão perturbar os primeiros 100m e permitir acelerar em força nos kms seguintes.


O que está em jogo no imediato é a obrigatoriedade do software adquirido pelo Estado estar conforme um conjunto de Normas Abertas. O que está em jogo, não finjamos o contrário, é diminuir a capacidade de lock in de todos os fornecedores, obrigando diferentes produtos a competir e os preços a ajustarem-se. Estão em risco negócios confortáveis para uma parte e ruinosos para o contribuinte. A Open Forum Europe (OFE) concluiu num estudo que 13% do concursos públicos de âmbito europeu faziam (ilegalmente) menção a marcas. A ESOP efectuou diligências em tribunal no sentido de anular o concurso de 10M EUR lançado pela DGITA com essa e outras irregularidades. Na base destes problemas está precisamente o lock in que resulta numa grande incapacidade de consultar efectivamente o mercado.


Num discurso bastante apreciado pela audiência, a vice presidente Neelie Kroes teve a frontalidade de admitir todas as lutas diplomáticas que circundaram um único parágrafo da EIF (European Interoperability Framework). Idênticas lutas de bastidores rondaram uma das alíneas da Lei 36/2011, também conhecida por Lei das Normas Abertas. Ambas as lutas, ainda que não se fale disto abertamente, se relacionam com a possibilidade de um implementador maior – e com poderoso armamento legal – aniquilar um mais pequeno, mesmo que mais talentoso, recorrendo a alegadas patentes de software (as patentes de software são as armas de destruição maciça da inovação independente). Mas, mais nuance, menos nuance, tudo isto parece ter acabado bem em ambos os textos.


A AMA, lançou para consulta pública um conjunto de Normas Abertas que pretende que sejam obrigatórias tendo sugerido como Norma Aberta para documentos editáveis o ODF (para documentos finalizados é o PDF). A decisão está certa, porque a multiplicidade de standards tornaria a Lei 36/2011 inconsequente e a interoperabilidade insuficiente. O outro candidato – o OOXML - está a milhas do ODF em termos de interoperabilidade real. Mas conhecendo Portugal, será fácil de imaginar que as pressões de terceiros se tornarão gigantescas em poucos dias.


Foi num Portugal pré-ESOP, que uma comissão “técnica” ad-hoc formada por empresas parceiras da Microsoft e presidida pela própria Microsoft, no seio de um instituto público, se preparava para submeter o voto Português sobre o OOXML à ISO sem qualquer tipo discussão. Foi nessa mesma comissão que, posteriormente, empresas de posições contrárias – a que eu integro incluída – esgrimiram inutilmente argumentos ficando o voto final decidido meramente em função do “número de espingardas”. As actas dessas reuniões, os emails trocados, os pareceres jurídicos, a lista de “apoiantes” angariados para o OOXML – incluindo nomes, nrs de telefone e cargos em instituições públicas de renome – nunca vieram a público mas são elucidativas do tipo de pressão ilegítima e sem sustentação técnica que foi possível criar. O que sempre esteve em causa foi uma norma feita à pressa que veio criar multiplicidade nos formatos documentais e por quem a principal parte interessada acabou por perder o interesse face às alterações a que a ISO obrigou. Chegou a ser estudada a correlação entre o PIB per capita dos países envolvidos nesse processo e o seu sentido de voto. E Portugal, bem como o Instituto de Informática do Ministério das Finanças, não saiu daqui bem visto.


Segue destas circunstâncias que se as louváveis intenções da AMA – evidentes das declarações públicas do seu representante – são para pôr em prática, serão precisos punhos de ferro e nervos de aço. A pressão dos interesses instalados irá certamente ser forte e Portugal, na situação em que está, não pode voltar a ficar mal visto. A única forma de lidar com o problema é a transparência: o site da consulta é público, como deverão ser todos os registos de contactos efectuados sobre esta matéria.


Uma coisa é certa: nunca até hoje se tinha visto um entendimento técnico tão profundo da parte dos decisores políticos nacionais e europeus. Isto ficou claro no Open Forum Summit e também no Encontro Nacional de Tecnologia Aberta. As declarações da AMA e da CTSSAP, ambas presentes no evento nacional, não deixam margem para dúvidas: independentemente da opinião concreta de cada uma das partes a discussão subiu de nível e agora quem decide sabe do que fala.


É neste contexto que todos devemos ficar atentos. Com decisores tão informados qualquer má decisão será suspeita.


Nota:

A ESOP participou activa e publicamente no processo discussão das Normas Abertas em Portugal tendo feito chegar a sua opinião à CTSSAP e à AMA. A posição da ESOP sobre esta matéria é conhecida e anunciada abertamente sem qualquer ambiguidade. A ESOP afirmou publicamente estar convencida de que a sua posição coincide com a do interesse geral.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Too much innovation - artigo de verão


Como já aconteceu em épocas anteriores temos disponível no Tek um artigo de verão em português suave. A opinião estival deste ano relacionada-se com a troika, de 3 palavras, que se instalou em Portugal e teima em não sair. TMI, ou too much innovation, pode não ser a troika do momento mas é certamente algo com que teremos que aprender a lidar.

Num verão acalorado, em que apetece pôr debaixo de uma sombra, cá fica um artigo que esperamos que achem refrescante. Ler aqui.

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terça-feira, 12 de abril de 2011

The Office - Novas instalações


A Angulo Sólido tem novas instalações na zona do Marquês de Pombal, pensadas para dar melhores condições à equipa e serem um espaço mais agradável para receber os clientes. Para quem ainda não conhece aqui fica um preview com alguns pormenores que nos parecem interessantes.

Este projecto nunca teria nascido sem a confiança dos nossos clientes, que nos têm acompanhado desde o arranque da empresa. A todos vós que, pela crítica e o pelo reconhecimento, nos fazem crescer dirigimos o nosso público e sincero agradecimento.

Deixamos aqui igualmente o agradecimento especial à nossa empresa parceira Criamais, que foi absolutamente imprescindível ao sucesso deste projecto.

Salas de trabalho

Sala de reuniões

Espaço chill out - zona livre de tecnologia

WC

Quadro de mensagens (WC)

Pormenor (WC)

Datacenter interno

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Owned

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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tudo de ensaio - texto experimental

Foto de Horia Varlan

Se a dupla Bruno Nogueira / João Quadros escrevesse neste blog o resultado ficaria talvez assim (só que muito melhor).

Bom dia, boa tarde ou mesmo boa noite, consoante a hora a que interromperem os vossos importantíssimos afazeres para lerem este blog. Convidaram-me para publicar aqui um texto engravatado, mas depois do que vi os comentadores fazerem ao um simpático senhor que foi ao Tek dizer umas verdades optei pela t-shirt, calças de ganga e discurso a condizer. Talvez assim me tratem melhor nos comentários.

Sabem os estimados leitores qual é a coqueluche do momento? Não, não é essa! Pelo amor da Santinha, já ninguém aguenta ouvir falar da “cloud”. A “cloud” está para as TI como os “mercados” estão para a política: todos precisamos dela, ninguém sabe bem como funciona e à falta de melhor tema de conversa vai-se fazenda sala com esse.

A coqueluche do momento são as App Stores. Não se fala de outra coisa. É o Android Market, Windows Phone Marketplace, a iTunes App Store e agora a Mac App Store para Pcs e portáteis. Os engenhosos interfaces agora inventados permitem procurar entre milhares de aplicações e instalar software com 2 ou 3 cliques. Grande inovação! Faz mesmo lembrar algo que existe há vários anos no Ubuntu (e outros) de onde se podem encontrar e instalar desde os mais aborrecidos editores de texto às mais sofisticadas aplicações multimedia. Esta semelhança será, em princípio, coincidência. O que não é coincidência é que apenas 2 dias após a sua estreia, a aplicação gratuita nº1 na Mac App Store é precisamente uma aplicação Open Source chamada Mixxx que promete dar gás aos Djs digitais de todo o mundo. Esta aplicação veio enriquecer a Mac App Store sem que a Apple tivesse que mexer uma palha e os comentários falam por si. Já a Microsoft acaba de proibir aplicações Open Source no seu Marketplace para Windows Phone. Que ideia foi esta? Talvez tenha sido uma decisão emocional na linha da já famosa cadeira voadora.

Emocional e com os nervos em franja parece estar a Sony que, depois de unilateralmente ter limpado a opção “Other OS” da Playstation 3 por via de um upgrade do firmware, se faz agora de virgem ofendida ao ver que a comunidade repôs unilateralmente a referida opção. No meio da novela descobriu-se a master key da consola e o responsável de marketing da Sony acabou por retwitá-la sem saber o que estava a fazer. Para “resolver” o problema a empresa pretende levar a tribunal o utilizador George Hotz (também conhecido por Geohot) que entretanto aceita doações para a sua defesa. No caso Sony vs Geohot a empresa arrisca-se a fazer a mais triste figura alguma vez vista na Internet, várias ordens de grandeza acima da Ensitel no caso contra Jonasnuts. A minha doação já seguiu e as pipocas estão prontas. Pena ter comprado a televisão.

A última rubrica de hoje é o caso Drupal na Casa Branca. Pois é. A Casa Branca aderiu ao gestor de conteúdos da moda. Não se sabe se terá custado 100 000 EUR como o do Centenário da República mas ficou bonito e vê-se que levaram o assunto igualmente a sério: fizeram alterações ao código que foram devidamente remetidas à comunidade.

E por hoje é tudo. Vemos-nos um dia destes. Podem ir fazendo shutdown e se por acaso o sistema encravar desliguem no botão.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Integrating Nagios with Firefox and SSH sessions

Even advanced command line users are sometimes fed up with writing long hostnames to startup ssh sessions. The situation gets worst as more hosts have to be accessed on a daily basis.

Unlike other monitoring systems Nagios presents a web-based interface which, by default, does not provide a way for directly acessing the monitored hosts.

Would it be nice to access Nagios from Firefox and have it launch SSH (or other connections) with a single click? Definitely. Let's see how it's done.

1. Register the ssh:// protocol on Firefox

In the past external handlers were registered via user preferences. From version 3 onward, Firefox honors whatever is registered with gconf. Run the following commands as regular user:
gconftool-2 -s /desktop/gnome/url-handlers/ssh/command '/usr/local/AS/bin/dossh.sh %s' --type String
gconftool-2 -s /desktop/gnome/url-handlers/ssh/enabled --type Boolean true
gconftool-2 -s /desktop/gnome/url-handlers/ssh/needs_terminal --type Boolean false
Update: this will not work on GNOME 3 and Unity based systems, like Ubuntu 12.04. For such systems add a new firefox preference in about:config
network.protocol-handler.expose.ssh=false
This will allow you to manually choose a handler application the first time an ssh:// URL is clicked.

2) Write a helper script to launch SSH sessions


The first command includes the path to a helper script that launches the SSH session. In our case the dossh.sh script is as follows:
#!/bin/bash

ARGS=`echo $@ | sed -e "s/%20/ /g"`
REMOTEHOST=`echo $ARGS | awk '{ print $1 }' |sed -e "s/ssh:\/\///"`
REMOTEPORT=`echo $ARGS | awk '{ print $2 }'`

if [ "x$REMOTEPORT" = "x" ]; then
  REMOTEPORT=22
fi

TERMINAL=xterm
ARGS="-fn 9x18 -fg white -bg black -T  $REMOTEHOST"

export REMOTEHOST
export REMOTEPORT

$TERMINAL $ARGS -e 'echo -n "Username: " ;read REMOTEUSER; ssh $REMOTEHOST -p $REMOTEPORT -l $REMOTEUSER'
You can adapt the script to use a different terminal (adapting its arguments as well), to assume a predefined user so that the username doesn't have to be typed everytime, to accept arguments for other SSH features (ex: portforwarding) and so on. If you have SSH public key distribution in place, you may even login without being prompted for a password.

3) Let Nagios add a special ssh:// URL next to the regular host URL


For this to happen your hosts must include the hostexinfo section in their definition. Please refer to the following example to understand how the action_url parameter creates the special URL:

define host {
use generic-host
host_name vmserver01.intranet
alias vmserver01
address vmserver01.intranet
check_command zoneedit-check-host-alive
max_check_attempts 10
notification_interval 120
notification_period 24x7
notification_options d,u,r
}

define hostextinfo{
use server
host_name vmserver01.intranet
notes CentOS 5.4
action_url ssh://$HOSTNAME$ PORT
}

Note that $HOSTNAME$ is actually to be written with the dollar signs around whereas PORT should be replaced by the port sshd runs on on the particular machine. If the port number is not present the script will assume port 22.

Once this is done, and Nagios is restarted a new icon will appear next to each host. This icon represents a link of the form ssh:// which is handled by the script defined in step 2).

The "explosion" icon is a ssh://hostname link that is handled by Firefox

4) Prevent Firefox from opening a new TAB each time you try to launch an SSH session


By default Nagios creates the new ssh:// links with a target=_blank parameter. This causes a new tab to open on each click. To fix it, you should be able to add or change the following line in the cgi.cfg configuration file:

action_url_target=_self

This option, even if correct according to Nagios documentation, seems to be ignored in our setup. An alternative solution, that works really well, is installing this Greasemonkey script, that gets rid of all the intruse HTML _blank targets.


5) Conclusion:

Nagios can be integrated with Firefox to automate the startup of SSH sessions. The user experience is certainly much better this way. The idea presented here can be adapted and extended. For example, the dossh.sh script can be tweaked so that certain local ports are automatically forwarded by ssh so that we can connect to hosts behind Linux gateways using rdesktop, Firefox, XWindows, FreeNX, VMWare and so on.

sábado, 8 de janeiro de 2011

A viagem do Elefante

Os internautas Portugueses descarregam filmes da Internet. A associação de clubes de video descarrega caixotes de papel na Procuradoria. Não se sabe se alguma destas descargas é crime mas o que se vê, entre esgares de gozo e incredulidade, é toda esta gente contar espingardas. Ocupa-se este texto de relatar não o que aconteceu, porque isso na verdade não sabemos, mas o que, segundo a razão e a lei dos grandes números, podia bem ter acontecido.

Estava-se no dia do comunicado. Talvez a dita associação saiba o que diz. Mais vale comprar ou alugar o filme online, pensou, do que ir catar torrents e legendas e apanhar uma seca valente até conseguir ter algo que se veja. E assim sempre ganham qualquer coisa. Foi animado deste sentimento despesista que se dirigiu o intrépido internauta ao site da associação. Com o MBNET em punho e os EUR a querem saltar da conta como pipocas no microondas, o sangue fervia-lhe nas veias com a expectativa de obter de forma cómoda o mais recente blockbuster. Vai-se a ver e a ideia não era essa. Era outra diferente. A ideia, se é que a esta pré-histórica lembrança se pode sequer chamar ideia, era despir o pijama, descer as escadas, dar corda ao motor para rumar a um tal de clube, escolher um filme, a seguir levá-lo para casa e voltar mais tarde para entregá-lo. Do site constavam 4 ou 5 dos tais clubes de diferentes zonas do país. Incrédulo, esfregou os olhos. Foi ver melhor. O site já estava em baixo.

A meio da estridente gargalhada lembrou-se dos problemas com o DRM dos ebooks e das BDs do Achille Tallon que já não se conseguem comprar em Português, salvo em edição pirata digitalizada e impressa por conta própria. Lembrou-se dos sites das televisões nacionais em que encontrar seja o que fôr é fácil para o Sherlock Holmes e do tvtuga.com em que – legal ou não – tudo aparece organizado e a funcional. Lembrou-se do Ensitelgate e da guerra da Sony com os utilizadores da Playstation 3. Acercou-se de si a ideia de que as comunidades se organizam para pôr a funcionar as coisas que lhes dão jeito. A esta, juntou-se a impressão de que algumas corporações não querem vender as coisas de que as pessoas gostam. Querem, ao que parece, vender o que lhes convinha que as pessoas gostassem. Veja-se, por exemplo, como era bom se as pessoas gostassem de comprar MP3 com protecção de cópia ou achassem que gravar filmes numa box cujo disco rígido pode avariar a qualquer momento, sem que do conteúdo se possa fazer um backup, é uma ideia genial.

Sorriu imaginando-se a levar o país ao mecânico apenas para ouvir a resposta: "olhe que não tem arranjo, agora só um país novo". "Guardou" o MBNET e puxou do Vuze.

Isto de sugerir aos outros façam o contrário do que querem nem sempre é uma ciência exacta. Torna-se difícil quando os outros são muitos ou quando são teimosos. É quase sempre mais fácil cobrar do que contrariar. Está claro que para cobrar é preciso prestar serviço e se o serviço de aluguer ou compra de filmes online existisse em Portugal haveria moral para condenar quem o não usasse. Mas se o serviço de aluguer de filmes obriga a uma mensalidade fixa (MEO, etc) ou a despir o pijama e ligar o carro, creio ser seguro afirmar que os internautas já têm um melhor. É um que não demorou 10 anos a aparecer.

No fundo, o problema dos internautas gostarem da Internet, e portanto de fazer downloads, é semelhante ao dos gourmets gostarem de comida, ou dos fanáticos da ferrovia gostarem de andar de comboio, com a diferença que aos demais nenhuma associação ainda tentou tapar a boca ou bloquear um túnel a meio da viagem. Interrogo-me se um dia alguém quererá proibir os comboios e obrigar-nos, por decreto, a ir ao Porto de elefante. Seria um inaceitável retrocesso pela lentidão e desconforto mas também uma fraca ideia de negócio já que hoje em dia se vendem muitos bilhetes de comboio.

E quem nunca esteve de trombas que atire a primeira pedra.

“Enrolando com a tromba uma porção de forragem que bastaria para satisfazer o primeiro apetite de um esquadrão de vacas, salomão, apesar da sua vista curta lançou-lhes um olhar severo, dando claramente a entender que não era um animal de concurso, mas sim um trabalhador honrado a quem certos infortúnios, que seria demasiado longo relatar aqui, haviam deixado sem trabalho […].”

José Saramago, A viagem do Elefante